sábado, 13 de dezembro de 2014

Tchaikowsky Symphony 5

Nem era minha intenção postar nada. Aliás, faz um tempo que eu nem abro este blog. Mas tenho que deixar registrado aqui: nas última semana, tenho ouvido quase que diariamente a Sinfonia n.5 de Tchaikowsky. Já a conheço há vários anos. A conheci comprando despretensiosamente um CD em uma revista de banca. Vocês têm notado como as bancas de revista andam sumindo? Não sei, talvez seja uma impressão minha... enfim.
Amo esta sinfonia, e recomendo fortemente a gravação abaixo:
Maestro Karajan regendo a Filarmônica de Viena. Não preciso dizer mais nada. Bom, tudo bem, já fiz algumas críticas ao tio Herbert aqui neste blog, mas neste caso tenho que ser justo. E esta orquestra, não tenho nada a dizer. Só ouçam. Não é a toa que é uma das melhores filarmônicas do mundo. São uma máquina sonora, são perfeitos.

Se você for do tipo de pessoa que precisa entender racionalmente o que está fazendo e precisa saber a opinião de outros para decidir se gosta ou não de alguma coisa, então leia aqui:

http://en.wikipedia.org/wiki/Symphony_No._5_%28Tchaikovsky%29

No mais, simplesmente ouça esta gravação. Mas ouça com som de boa qualidade, jogue no lixo aqueles fones vagabundos de camelô.
E também deixem de lado a televisão e os telejornais, não há praticamente nada lá que vos interesse de verdade. Não nivelem-se por baixo. Vão ouvir música, aprimorem seus sentidos, alimentem-se de beleza. A Internet hoje é repleta de conteúdo de qualidade, música, filmes, e tanta coisa que precisaríamos de 3 vidas para assistir tudo. Mas aproveite o tempo que você tem, a única vida que temos.
E seremos todos pessoas melhores.

Até a próxima.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Gustav Mahler

Se você aprecia música erudita, em linhas gerais, provavelmente iniciou por Bach, Vivaldi, Mozart e foi avançando, passando por Beethoven, Haydn, Brahms, Dvorak, e tantos outros. No entanto, se você seguir por esta estrada, é muito provável que chegará um dia em que seus ouvidos vão querer algo mais. Não dá para explicar muito bem, mas talvez chegue um dia em que você vai desejar ser surpreendido, vai desejar receber uma dose mais maciça de música.

Quando este dia chegar, você vai querer ouvir Gustav Mahler.


Considerado por muitos como um dos maiores orquestradores que já existiu. E é possível perceber isto em suas sinfonias, 9 terminadas e uma décima inacabada.

Mas vá devagar. Apreciar Mahler vai demandar tempo, um certo grau de insistência. Talvez não soe muito bem na primeira ou segunda tentativa. Mas não desista, vale o esforço. Para mim, foi como as primeiras vezes que ouvi Bruckner: no início era uma 'chapuletada' musical muito forte, não conseguia. Só que Mahler é ainda mais complexo. Tem que ouvir com calma, dedicar um tempo para isto, para apenas ouvir música.

A dica é: vá direto para as sinfonias, mas comece pela ordem. Ouça a Sinfonia n.1 ('Titan'), que é uma boa porta de entrada para Mahler. É uma sinfonia mais fácil de assimilar. E como sugestão fica uma interpretação da Filarmônica de Viena, conduzida por Leonard Bernstein. Aliás, Bernstein foi um dos grandes responsáveis por trazer a música de Mahler de volta aos palcos, digamos assim, e com interpretações maravilhosas, como esta do vídeo abaixo.


Depois de bem digerida a Sinfonia n.1, vá para a Sinfonia n.2 ('Ressurreição'). Esta já tem cantores solistas, coral. Tudo bem que isto não chega a ser uma novidade, mas esta sinfonia vai ampliar seus horizontes delineados pela 9ª de Beethoven, pode acreditar. 

Como sugestão, fica a interpretação do video abaixo, pela Royal Concertgebouw Orchestra, regida pelo maestro Mariss Jansons. Já nos primeiros minutos, com aquela atmosfera tensa criada pelas cordas, já vai te avisar que vai passar um transatlântico pelos teus ouvidos. Ouça em alto e bom som. 


Outro destaque desta Sinfonia n.2 é o quarto movimento, "Urlicht. Sehr feierlich, aber schlicht". Traduzido, seria algo como "Luz primordial. Muito solene, mas simples". No vídeo acima, este movimento começa aos 47:10. Curiosamente, a primeira vez que ouvi este trecho (há muitos anos atrás) eu nem sabia que tratava-se da Sinfonia n.2. E até hoje este trecho me emociona, talvez hoje ainda mais.

Farei outros posts sobre Mahler, conforme eu mesmo for seguindo por esta estrada.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Os incríveis

Os Incríveis foi uma banda de rock e pop dos anos 60 e 70 (nada a ver com aquele desenho animado...). Inicialmente esta banda se chamava The Clevers e tocavam basicamente twist, no início de carreira, que era o estilo que estava em alta no início da década de 1960. Porém, na época da Jovem Guarda, eles acabaram brigando com o empresário deles (Antônio Aguilar), que era dono da marca The Clevers, e tiveram que mudar de nome.
Bem nesta época veio o sucesso e gravaram algumas músicas lembradas até hoje, dentre os quais "Era um garoto que, como eu, amava os Beatles e os Rolling Stones", uma música italiana de 1966 composta por Gianni Morandi e Franco Migliacci e "Eu te amo, meu Brasil" (uma famosa música ufanista muito utilizada durante o período da ditadura militar).
Na verdade, a banda ainda existe e está na ativa, comemorando seus 50 anos. Dois integrantes da formação original já morreram (o saxofonista Manito e o baixista Nenê Benvenutti). Abaixo uma foto da formação atual:


Eu fiz este pequeno post porque estes dias a banda Ultraje a Rigor, em um programa de entrevistas do SBT, tocou a seguinte música na finalização do programa:


Fui pesquisar e acabei descobrindo que esta música é justamente "O Milionário". Segue abaixo a versão original de Os Incríveis:


Para saber mais alguns detalhes sobre os acordes desta música, temos aqui um link interessante:
http://www.cifras.com.br/tablatura/os-incriveis/o-milionario